Por: MARIA JOÃO VELEZ – Assistente convidada e estudante de doutoramento
(projeto financiado pela FCT) da Nova School of Business and Economics &
PEDRO NEVES – Professor auxiliar da Nova School of Business and Economics
A liderança abusiva constitui um fenómeno pouco estudado em Portugal, o
que coloca um novo desafio: reconhecer a sua existência, desenvolvendo
estratégias para mitigar as suas consequências.
A maior parte da literatura e
investigação existente sobre liderança centra-se quase exclusivamente nos seus
aspetos construtivos e efetivos, realçando as qualidades e virtudes dos líderes,
descrevendo como estes inspiram os seus seguidores, bem como o seu impacto no
funcionamento geral da organização. No entanto, a história não fica completa
sem explorarmos o «lado negro» da liderança. A liderança denominada destrutiva
pressupõe uma variedade de comportamentos – alguns destes que fazem parte do
imaginário tradicional da figura do chefe (e.g., colocar os colaboradores «no
seu lugar» em frente a outras pessoas, relembrar-lhes os erros que cometeram no
passado) − potenciadores de uma panóplia de consequências negativas tanto para
as pessoas como para o funcionamento das organizações. A análise dos dois lados
da moeda permite-nos, assim, compreender de uma forma global o fenómeno da
liderança.
A maior parte das pessoas
provavelmente já teceu críticas sobre o seu chefe ou, pelo menos, já ouviu
queixas de familiares ou amigos. Isoladamente, estas queixas pouco significam,
mas quando se tornam regulares podem revelar que os chefes se estão a
constituir como autênticos obstáculos ao bem-estar físico e psicológico dos
colaboradores, conduzindo a reacções tais como: «Trabalhar é um autêntico
sacrifício» ou «Passo a semana a contar os dias que faltam para o fim de
semana».
(…)
Continuar a ler: http://inforh.pt/artigo-o-lado-negro-da-lideranca-quando-os-chefes-se-tornam-abusivos/
Publicado por: GRH1
Comentário:
Apesar de nos dias de hoje se
verificar cada vez mais chefes preocupados com o bem-estar e a motivação e a
felicidade dos trabalhadores, a verdade é que ainda se verificam alguns chefes
intragáveis e que são um obstáculo á felicidade dos trabalhadores no ambiente
de trabalho. Comportamentos abusivos por parte dos líderes diminuem
drasticamente o empenhamento afetivo dos colaboradores com a organização. Provoca
uma diminuição do desempenho global e dos comportamentos de cidadania
organizacional e um aumento das intenções de abandono, comportamentos
negligentes ou absentismo. Ou seja, os colaboradores mantêm-se na organização
por motivos meramente instrumentais, por ausência de alternativas laborais ou
pelos eventuais custos pessoais que a saída da organização pode acarretar,
cumprindo apenas os mínimos que lhe são exigidos.
“O valor das pessoas, é mais do que
monetário.”
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