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segunda-feira, 27 de abril de 2015

O lado negro da liderança - Quando os chefes se tornam abusivos

Por: MARIA JOÃO VELEZ – Assistente convidada e estudante de doutoramento (projeto financiado pela FCT) da Nova School of Business and Economics & PEDRO NEVES – Professor auxiliar da Nova School of Business and Economics
A liderança abusiva constitui um fenómeno pouco estudado em Portugal, o que coloca um novo desafio: reconhecer a sua existência, desenvolvendo estratégias para mitigar as suas consequências.
A maior parte da literatura e investigação existente sobre liderança centra-se quase exclusivamente nos seus aspetos construtivos e efetivos, realçando as qualidades e virtudes dos líderes, descrevendo como estes inspiram os seus seguidores, bem como o seu impacto no funcionamento geral da organização. No entanto, a história não fica completa sem explorarmos o «lado negro» da liderança. A liderança denominada destrutiva pressupõe uma variedade de comportamentos – alguns destes que fazem parte do imaginário tradicional da figura do chefe (e.g., colocar os colaboradores «no seu lugar» em frente a outras pessoas, relembrar-lhes os erros que cometeram no passado) − potenciadores de uma panóplia de consequências negativas tanto para as pessoas como para o funcionamento das organizações. A análise dos dois lados da moeda permite-nos, assim, compreender de uma forma global o fenómeno da liderança.
A maior parte das pessoas provavelmente já teceu críticas sobre o seu chefe ou, pelo menos, já ouviu queixas de familiares ou amigos. Isoladamente, estas queixas pouco significam, mas quando se tornam regulares podem revelar que os chefes se estão a constituir como autênticos obstáculos ao bem-estar físico e psicológico dos colaboradores, conduzindo a reacções tais como: «Trabalhar é um autêntico sacrifício» ou «Passo a semana a contar os dias que faltam para o fim de semana».
(…)

Publicado por: GRH1

Comentário:

Apesar de nos dias de hoje se verificar cada vez mais chefes preocupados com o bem-estar e a motivação e a felicidade dos trabalhadores, a verdade é que ainda se verificam alguns chefes intragáveis e que são um obstáculo á felicidade dos trabalhadores no ambiente de trabalho. Comportamentos abusivos por parte dos líderes diminuem drasticamente o empenhamento afetivo dos colaboradores com a organização. Provoca uma diminuição do desempenho global e dos comportamentos de cidadania organizacional e um aumento das intenções de abandono, comportamentos negligentes ou absentismo. Ou seja, os colaboradores mantêm-se na organização por motivos meramente instrumentais, por ausência de alternativas laborais ou pelos eventuais custos pessoais que a saída da organização pode acarretar, cumprindo apenas os mínimos que lhe são exigidos.

“O valor das pessoas, é mais do que monetário.”

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